domingo, 27 de março de 2011

Hard Rock Saleh

Seria um bar? Um pub de portas abertas? Um grêmio acadêmico? Ou um bloco carnavalesco onde o samba é o rock?
Localizado no início da Rua XV, num lugar aonde dizem que a rua ainda não tem este nome, em frente à antiga Padaria Santo Antônio, em cima do Sales e embaixo do Didico, está o Saleh, ou melhor, o seu bar. O Hard Rock Saleh. 
         Estou aqui para tentar amenizar as reticências dos(as) céticos(as), sobretudo daqueles(elas) que costumam atravessar a rua quando passam em frente ao bar, fugindo das piadinhas sem graça do gordinho que bebe na porta de tempos em tempos. Gente, o gordinho não morde e o bar é bom! Tem meninos e meninas.
Pra quem não conhece – bem, todo mundo conhece mas a maioria não tem coragem de entrar – trata-se de uma das atrações turísticas de Barbacena, onde se ouve a melhor música e se travam os maiores embates pseudocientíficos da cidade (e até científicos). Ah, também se fala besteira e se bebe muita cerveja gelada, muita mesmo, e gelada.
O dono, nosso querido José Maria Saleh Júnior, o Oompa Loompa, é das figuras mais simpáticas e peculiares. Recebe melhor as pessoas na proporção em que são novatas no bar e do sexo feminino. Não podemos culpá-lo por isso, pelo menos não pelo último critério. Isso quer dizer que se você é homem e já está viciado na galera, na música e no ambiente, não há muita esperança. O que não é problema já que para os mais antigos, é permitido buscar a sua própria cerveja no freezer, abrí-la, bebê-la e pendurar a conta até o próximo ano bissexto. É ou não é um negócio da China?
E a música. A música é bem eclética. Toca de tudo, desde que seja rock. Se você quiser ouvir um funkzinho, pode ficar no seu carro ouvindo até matar a vontade e depois vir pro bar. Se você quiser ouvir música eletrônica, tem duas opções: a primeira é ir ao Saleh, encher a cara ouvindo rock e, por volta da meia noite, partir para uma boite, a segunda é ir para uma boite, ouvir o seu tuti-tuti até cansar e, no fim de night, chegar bêbado pra encher o saco do Saleh. Confesso que esta última opção é a mais aprazível.
Tem figurinhas carimbadas como o seu garoto propaganda, o “poliglota” Jacó, e os seus pretensos suplentes, o Sr. Evandro “Toca Raul” "Moção Honrosa" Cruz, o querido gordinho supra mencionado, Marcelo “Kara de Kombi” e o belíssimo Santarosa. Um dia eu farei um post só para enaltecer as caractarísticas destas entidades.
Conta com a presença certa de alguns dos mais talentosos músicos de BQcity, o que acaba por deflagrar, assim, sem mais nem menos, dia menos dia, as melhores rodas de violão que se pode encontrar e sem hora pra acabar. Passam por lá os nossos amigos Klênio, Becão, Neném, Mosca (Pulga), Daniel, as turmas do Yelow Brick Road, dos Pré-Pagos, entre outros. Atração turística, sim. Cultural.
E não se preocupe com o fato de não conhecer ninguém. Trata-se de outra excepcional característica do pub. A turma recebe bem a todos e não tem discriminação de credo, raça, sexo ou convicção filosófica. Você pode até ser criacionista que nós vamos tomar uma cerveja juntos, afinal, a cerveja também veio de Adão e Eva.
A combinação é tentadora. Um proprietário no mínimo singular, um repertório de rock dos mais rebuscados, uma galera sem frescura e sem medo de ser feliz e os acontecimentos mais inusitados do planeta. O Hard Rock Saleh é assim, todo mundo passa em frente, muitos pensam em tomar uma cerveja, poucos entram...
Estes últimos costumam voltar sempre.

5 comentários:

  1. Tenho orgulho de fazer parte desse universo. Qualquer lugar do mundo que tenha rock, cerveja, pessoas inteligentes e onde se possa praticar o ateísmo livremente, será sempre a minha casa. Até hoje só achei o Hard Rock Saleh mesmo.

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  2. Adoramos o post, e concordamos em gênero, número e grau. Garantimos que qualquer frequentador dessa nossa segunda casa também vai concordar.
    Parabéns pelas palavras. Aguardamos os próximos e já somos seguidores.

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  3. mmuuitooo boommm
    agorra falta mais pots sobre as celebridades do
    Hard Rock Saleh

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  4. Cara... aqui a gente grita, ri, esvaia em amizade e companheirismo... enfim, só tenho a agradecer... viva Saleh!!!

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